Na apresentação ao Santa, Oliveira Canindé usa exemplo do Flamengo

Técnico cita força da torcida tricolor e a convoca para abraçar o time na sequência
da Série B, a exemplo do que fizeram os rubro-negros com a chegada de Luxemburgo

O tempo é curto e, por isso, ainda não vai dar para mexer na equipe como gostaria. Foi o que adiantou o técnico Oliveira Canindé em sua apresentação oficial ao Santa Cruz, na tarde desta segunda-feira. A estreia será nesta terça-feira, diante do Oeste-SP, no Arruda, pela 25ª rodada da Série B. Canindé já adiantou que o time deve ser o mesmo que empatou contra o Icasa-CE, por 1 a 1, no último sábado. Ele quer a princípio uma mudança de postura.

- A tendência é que seja o mesmo time que jogou contra o Icasa. Eu só vou procurar melhorar o posicionamento. As mudanças serão mínimas tecnicamente, mas taticamente, vou procurar mudar. Eu quero que o jogador seja bom onde ele acha que se sente mais à vontade. Essa é minha maneira de trabalhar, conversando com o jogador de cada posição. 

Porém, já é perceptível uma mudança de postura no próprio comando. Diferente do ex-técnico Sérgio Guedes, que tinha um discurso rebuscado e longo, Canindé se mostrou direto, frasista. E rotulou o Santa Cruz de "Flamengo do Nordeste".

- O torcedor do Flamengo comprou a bronca e jogou junto com o time, que está subindo. E outra: a nível de Nordeste, o Santa Cruz se assemelha ao Flamengo em termos de torcida. Nenhuma outra bate. Então, se o torcedor comprar a nossa briga, vamos brigar lá em cima.

"Mais agitado"

Segundo Oliveira Canindé, o maior trabalho que ele terá neste começo é motivar a equipe, que está na 11ª colocação da Série B. O próprio treinador disse que sua postura é diferente do antigo comandante.

 - Eu sou mais agitado que ele, eu acho. Eu gosto de participar, participo muito e até além do que é para ser. Sempre querendo o que meus atletas façam o que eu gostaria de fazer. Quando se trabalha para uma equipe como é o Santa, temos de ser, no mínimo, convincentes. Se nós somos uma equipe com potencial de grupo bom, temos de fazer a torcida jogar junto conosco. 

Na base do discurso, o treinador convocou a torcida para jogar junto com o time. Principalmente porque assume o elenco logo depois de uma série de protestos que aconteceram depois do empate de 1 a 1 contra o Icasa-CE, no último sábado.

- O Santa Cruz mexe com os brios de qualquer atleta e comissão técnica também. É necessário saber jogar como o torcedor. Temos de acreditar. E aí, nós seremos fortes. Se nosso torcedor se voltar contra o nosso time, teremos dificuldades com a menor equipe que você possa imaginar. Às vezes, uma cobrança maior acaba atrapalhando os jogadores. Por isso que eu estou batendo na tecla da torcida.